ISE 2.0: COMO VAI FUNCIONAR O NOVO ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE DA B3

Depois de mais de um ano de estudos, debates com empresas e investidores e consultas públicas ao mercado, a B3 chegou ao novo Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que passará a valer em 2022, com a pretensão de finalmente emplacar como uma referência para investimentos em ações ESG no país.

No novo ISE , a bolsa procurou resolver problemas que afetam a credibilidade do índice e são alvo de críticas de investidores, especialmente a falta de clareza quanto aos critérios para inclusão e exclusão das empresas da carteira. 

O resultado, de fato, é um índice mais robusto, com uma metodologia mais sofisticada e transparente. Em linhas gerais, o ISE vai se basear numa pontuação ESG das empresas, que será pública e definirá o peso de cada companhia na carteira. (Hoje essa ponderação varia apenas de acordo com o valor de mercado das companhias.)

Outras duas mudanças importantes: o questionário que define a pontuação foi enxugado e refinado para entregar resultados mais materiais e vão entrar em campo dois provedores de informações externos para dar mais independência às questões climáticas e de reputação — o CDP e a RepRisk, respectivamente.

Bolsa divulgou em 01/12, a prévia da carteira de 2022 para o novo ISE, que teve a metodologia reformada em busca de credibilidade

A B3 divulgou em 01/12 a prévia da carteira do seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) para 2022, a primeira que leva em conta a nova metodologia, criada para aumentar a credibilidade do índice e tentar fazê-lo cair no gosto do mercado.

A carteira definitiva só será divulgada em janeiro, quando o índice começa a vigorar, mas a expectativa é que quase não ocorram mudanças em relação à prévia de hoje. De um total de 48 papéis na carteira atual, a nova composição será mais enxuta: terá 34 ações, de 34 empresas. Ou seja, de existir duas classes de ações de uma mesma companhia no portfólio, como ocorria antes.

No total, foram excluídas 17 ações e incluídas outras três

Entre as saídas, algumas eram mais previsíveis, por se tratar de setores com grande impacto climático. Foi o caso dos frigoríficos de carne bovina Marfrig e Minerva (a JBS já não integrava a carteira) e da estatal Petrobras. Empresas do setor elétrico — Eletrobrás, Engie e Neoenergia também deixaram o índice. Completam a lista de exclusão a atacadista Assaí e a credenciadora de cartões GetNet.  

FONTE: WWW.CAPITALRESET.COM

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