NOVO PROGRAMA DE RECICLAGEM TEM OBJETIVO DE ENCERRAR LIXÕES

Ministro Salles diz que programa deve ser financiado com recursos de 500milhões do banco de Desenvolvimento dos BRICS, grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e fundos de investimentos. Um dos destaques do programa é a criação de usinas de tratamento de lixo, que deverão ser operadas pela iniciativa privada, por meio de concessões.

Na entrevista de Salles a Revista Exame, o Ministro destacou que será destinada uma verba de 64milhões de reais para 57 municípios de vários Estados para ajudar as cidades a estruturarem áreas para segregação do lixo para posterior envio a reciclagem. O programa é voltado a pequenos municípios, em geral com 10, 20 até 30mil habitantes. Serão doados equipamentos para a coleta e reciclagem de lixo. O programa também prevê treinamentos aos gestores municipais sobre a separação dos resíduos e reciclagem. A intenção é que encerrar os lixões que ainda existem no país.

O programa Lixão Zero visa incentivar a coleta seletiva dos resíduos, a reciclagem e o aproveitamento do lixo orgânico para produção de biogás e de energia elétrica nos pequenos municípios na forma de consórcios. O consórcio é uma solução importante porque permite que haja uma otimização da estrutura e um volume maior de resíduos que podem garantir a sustentabilidade das operações. Os materiais recicláveis têm potencial calorífico. Vários municípios da Europa, do Japão e outros países estão caminhando para o tratamento e a incineração dos resíduos. Com isso, só vão para o aterro sanitário as cinzas que sobram do sistema de incineração. O número de aterros no Brasil deverá cair muito.

Salles afirma quea ideia é fazer um projeto piloto, em conjunto com o governo e as empresas, em um local do país com uma área, que estamos chamando de ecoparque, para segregar o material e gerar energia. Será construída uma planta industrial para isso. O governo cuidará dessa parte. Há recursos de várias fontes para esse projeto, de vários fundos. Já fizemos o protocolo de entendimento e o investimento já foi aprovado. Queremos que a iniciativa privada opere o sistema. Para isso, deverão ser feitas concessões.

O projeto-piloto deve ser instalado no centro-oeste, que convive com um cenário dramático de coleta e reciclagem. A operação deve começar ainda este ano, no segundo semestre. Depois, será a vez do nordeste, que também tem um problema grave de gestão do lixo, e das outras regiões do país.

O MMA também que ampliar as estações de monitoramento de qualidade do ar nas cidades. O objetivo é cada capital tenha pelo menos uma estação de monitoramento, com recursos do ministério do meio ambiente.

 FONTE: Revista Exame, Carla Aranha

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