O IMPACTO DO E DO ESG NA ECONOMIA SOB O OLHAR DAS LIDERANÇAS

5. Qual deve ser o papel das organizações no futuro do meio ambiente?

Felipe Bittencourt, CEO da WayCarbon nos traz respostas acerca das mudanças climáticas e o papel das organizações no futuro do meio ambiente. Felipe inicia mencionando que o efeito estufa é primordial para a Terra e que, de fato, o problema não está nele, mas sim no seu agravamento, ocasionado pelo alto consumo de energia por meio de combustíveis fósseis e a grande concentração de CO2 na atmosfera. Ele ainda alerta que, essa degeneração climática é o fator responsável pelo estresse hídrico, seca, inundações, tempestades e perda de biodiversidades.

Para que os danos possam ser reduzidos ou revertidos, grande parte dos investidores tentam intervir para redução de carbono e melhora da sustentabilidade. Afinal, se não direcionarmos esforços para reverter esse cenário, sofreremos uma perda de cerca de 20% do PIB mundial a ser gasto para recuperar os problemas das mudanças climáticas. Vale ressaltar que esta cobrança por melhora é alta, e ela parte do governo, dos concorrentes, dos investidores e dos clientes.

Felipe destaca que a mudança do clima é uma realidade e o mercado está pressionando as empresas a mudar suas ações para que isso possa ser revertido. E, para que essa realidade seja transformada, ainda que gradualmente, ele apresenta dicas para que pequenas e médias empresas possam caminhar para uma economia de baixo carbono através os seguintes passos:

1- Conhecer o que é materialidade de acordo com seus stakeholders;

2- Caso emissão seja material, investigar seu impacto, ou seja, desenvolver um inventário de gases de efeito estufa;

3- Reduzir as emissões diretas e indiretas (ex: energia renovável);

4- Compensar as emissões residuais;

5- Reportar (relatório SUS, à grande empresa do cliente, ao consumidor final).

As mudanças climáticas não são mais apenas sobre o clima

Conselheira de Governança Climática do World Economic Forum, Ann Rosenberg relembra como a COP 26 foi um ponto de virada para uma série de mudanças que estamos enfrentando. Ann ressalta que o Brasil tem um papel muito importante na COP, porém, as empresas podem fazer com que isso melhore ainda mais. O que de fato ocorre é que, muitas vezes, não estamos implementando, de fato, a sustentabilidade nas nossas operações.

Devemos entender como as empresas estão se tornando sustentáveis e que atualmente, as mudanças climáticas não são mais apenas sobre o clima. Ann frisa que “a mudança climática é sobre emissão zero, sobre sua empresa, sobre como nós nos alimentamos, sobre nossos produtos.” Cada empresa tem uma responsabilidade nessa mudança.

Segundo ela, o relatório IPCC alerta que estamos muito longe de nos adaptar às mudanças climáticas e também ainda estamos distantes de exercer alguma mudança, nessa que é uma das maiores crises climáticas, já enfrentadas no mundo. A única solução para isso é que todas as empresas do mundo utilizem a tecnologia a seu favor e adotem medidas para a emissão zero de carbono. Ainda sim, é necessário fazer uma campanha global para que todos saibam quais ações devem ser executadas para que as empresas se tornem sustentáveis.

Para Ann, a redução e compensação são boas estratégias para tornar a sociedade um lugar mais igualitário.

FONTE: AMCHAM

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